Documento 199 - The Square Root of a Sonnet - The Strange History of Black Holes, Nilanjan P. Choudhury

Uma história de ambição, amizade e traição tem como pando de fundo acontecimentos marcantes do século XX — duas guerras mundiais, a luta pela independência da Índia e, sobre tudo, o nascimento de novas e estranhas teorias da relatividade e mecânica quântica.

No verão de 1930, um rapaz indiano de 19 anos embarcou num barco a vapor SS Pilsna que navegava de Bombay para Cambridge. Durante a viagem, formulou as equações fundamentais que ditam o derradeira destino das estrelas no nosso universo. Para sua surpresa, os cálculos mostraram que, contrariamente ao que se acreditava, algumas estrelas estavam destinadas a encontrar um fim violento, colapsando com o nada para se tornarem naqueles misteriosos objetos a que agora chamamos buracos negros.

O nome do rapaz era Subramanyan Chandrasekhar, o brilhante astrofísico Indo-Americano que continua relativamente desconhecido na Índia embora tenha ganho o Prémio Nobel da Física em 1983. A descoberta de Chandra relativa a buracos negros e estrelas evanescentes abriram portas para a nova e estranha ciência dos buracos negros que floriu nos anos 60 e 70 sobre o olhar de Stephen Hawking e Roger Penrose.

Mas o próprio Chandra teve de esperar 40 anos para que o seu trabalho recebesse o reconhecimento que merecia — porque a sua extraordinária descoberta dos buracos negros foi suprimida quase tão depressa como quando foi feita em 1930. E a pessoa responsável por isso foi o próprio guru e mentor de Chandra — Sir Arthur Eddington, o melhor astrofísico da época. Porque tentou Eddington destruir Chandra?

Para um homem de reconhecido pelo seu desapaixonado compromisso com causas científicas, as ações de Eddington foram um longo mistério nos anais da ciência. Terá sido pelas suas profundas crenças religiosas, rivalidades profissionais ou o enraizado preconceito racial? ou existiram outras pressões no trabalho? “The Square Root of a Sonnet” é uma tentativa de resposta a estas questões pela exploração a intrigante e complexa relação entre dois gigantes da astrofísica moderna — Chandra e Eddington.