Dossier 65 - The Science of Shakespeare – A new look at the playwright’s universe, de Dan Falk

William Shakespeare viveu num tempo notável – um período que hoje reconhecemos como a primeira fase da Revolução Científica. Novas ideias estavam a transformar o pensamento Ocidental, o medieval estava a dar lugar ao moderno, e o trabalho de algumas figuras-chave apontava ao admirável mundo novo que estava para vir: o metódico e racional Galileu, o cético Montaigne, e – como Falk argumenta de forma convincente – Shakespeare, que observou a natureza humana tão atentamente como os astrónomos que estudavam o céu noturno.

Em The Science of Shakespeare encontramos um colorido elenco de pensadores do Renascimento, incluindo Thomas Digges, que publicou o primeiro relato em Inglês da “nova astronomia” e viveu no mesmo bairro que Shakespeare; Thomas Harriot – ” o Galileu Inglês” – que apontou um telescópio ao céu noturno meses antes do seu contraparte Italiano; e o astrónomo Dinamarquês Tycho Brahe, cujo castelo-observatório estava situado à vista de Elsinor, escolhida por Shakespeare para cenário de Hamlet – e cujo brasão de família incluía os nomes “Rosencrans” e “Guildensteren.” E depois há o próprio Galileu; como Falk demonstra, as suas observações ao telescópio podem ter influenciado uma das obras finais de Shakespeare.

The Science of Shakespeare de Dan Falk explora as ligações entre o famoso dramaturgo e os inícios da Revolução Científica – e como, juntos, mudaram para sempre o mundo.

Ano: 2014