Dossier 91 - Tesla – A Biographical Play, de Acie Cargill

A aurora da era da eletricidade. Nikola Tesla esteve lá desde o início, a aprender com a prática. Genial por natureza, ele entrou com facilidade na engenharia elétrica. Adaptava-se perfeitamente ao seu caráter inventivo. Um novo campo de pesquisa e a possibilidade de experimentar as suas ideias e de traduzir essas ideias em realidades.

Esta é uma peça na sua maior parte pelas palavras do próprio Tesla. Usei apenas um curto segmento em que ele se deixa levar por questões técnicas de ciência e engenharia. Diz respeito ao seu desenvolvimento da corrente alternada e está lá para o leitor poder ter uma ideia de onde andava a cabeça de Tesla na altura. Era um pouco como Einstein, mas claro, num ramo diferente.

Fez parte do início da ciência moderna, e de facto, sem ele não haveria ciência moderna. Ainda estávamos a trabalhar à luz de velas. Tesla foi necessária e profundamente influenciado pela grande literatura de ficção científica do seu tempo, especialmente por H.G. Wells, e provavelmente Wells foi influenciado pelas possibilidades experimentais de Tesla.

Seria Tesla um cientista louco? Digamos que era excêntrico. Quando a mente funciona em níveis em que as mentes da maioria das pessoas não funcionam, é de esperar que algumas ideias possam parecer estranhas aos olhos das pessoas comuns. O comportamento dele também pode parecer um pouco incomum. Rejeitava a carne, o sono, o sexo, os estimulantes, o prazer e até mesmo o relaxar. Mas viveu até aos 87 anos e manteve-se ativo mental e fisicamente até ao fim.

Mantenham uma mente aberta enquanto leem este material. Foi escrito na sua maioria há cerca de 100 anos ou mais. Ele estava a sair do obscurantismo do século XIX e tornou com certeza o mundo num sítio melhor. Sem ele não havia internet, smartphones, refrigeração, iluminação corrente, televisão ou carros da Tesla. Estejamos gratos por ele ter existido.

Ano: 2016