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É bem conhecida a passagem da Política (1253a) em que Aristóteles sustenta que o ser humano é um «animal político» (zoon politikon), ou seja, uma entidade que encontra a sua realização natural na existência em comunidade (polis) e na partilha de objetivos comuns. Distingue-se ainda por ser capaz de articular o som de forma mais complexa, característica que lhe permite elevar o uso da voz às alturas de um discurso complexo (logos). É desta forma sublinhada, num dos textos fundadores mais paradigmáticos da teorização política, a estreita relação entre a construção de comunidades de cidadãos ativos e o uso da voz como garante de liberdade de expressão e de ação.
A celebração, em 2024, dos 50 anos passados sobre a Revolução de Abril constitui um marco de primeira importância, que se funde com a própria história da Universidade e com a sua tradição de defesa de causas estruturantes da liberdade e da democracia. Com a simples expressão «Peço a palavra», um jovem estudante da Academia coimbrã marcaria de forma indelével o desafio a um regime, abrindo sendas à esperança e à igualdade. Assim, libertou Coimbra as vozes embargadas num silêncio aflito e delas saiu a Voz da Revolução.
Ao eleger a «Voz» como tema da XXVI Semana Cultural, pretende-se dar igual capacidade de intervenção à polifonia de sentimentos, de perspetivas de análise e de expressões artísticas que constroem a riqueza e complexidade imensas do ser humano. Para afirmar bem alto, com as palavras de Zeca Afonso:
«DESDE ENTÃO A BATER NO MEU PEITO EM SEGREDO SINTO UMA VOZ DIZER TEIMA, TEIMA SEM MEDO.»
O lápis azul foi, durante demasiado tempo, sinónimo gráfico e visual de uma censura amordaçante, pronta a calar qualquer Voz contrária àquela imposta pela Ditadura. Inspirada na icónica fotografia de Zeca Afonso, na imagem gráfica identitária desta XXVI Semana Cultural, o lápis azul que tenta calar essa Voz é interrompido pelo braço que, subindo bem alto, mostra o seu cravo vermelho, tão forte sinónimo da Liberdade alcançada.
Ano: 2024
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