5 - Artigos no P3

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PT PT-MARIONET C-3-5

Title

Artigos no P3

Date(s)

  • 2021 (Creation)

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(2000)

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Nascida em 2000, a Marionet é uma companhia de teatro de Coimbra com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Desenvolve criações artísticas originais a partir de temas científicos, realiza investigação na área da intersecção artes performativas-ciência, promove trabalhos artísticos colaborativos com cientistas, participa em projectos de formação avançada em centros de investigação científica e está envolvida em projectos de ciência participativa.

Em 2010 foi seleccionada para companhia residente, durante sete meses, no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, no âmbito do Programa Rede de Residências da DGArtes e Agência Ciência Viva. Desde então a companhia tem colaborado com este centro de investigação em actividades de promoção da ciência, no seu programa de formação avançada em biologia experimental e biomedicina na área de comunicação da ciência, assim como em vários projectos artísticos.
Em 2012 iniciou o Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, um repositório de peças teatrais e ensaios sobre o cruzamento entre estas duas áreas do conhecimento. Em 2015 a actividade da companhia foi financiada pelo cientista e escritor norte-americano Carl Djerassi. Destaca-se também, entre 2009 e 2016, a participação na Noite Europeia dos Investigadores, em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, com a criação de peças de teatro em colaboração com cientistas.

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Fruto de uma parceria com o P3, do Público, foram publicados também seis artigos, escritos por elementos das diferentes entidades parceiras.

1. Movimento Ouvir Vozes Portugal, Celina Vilas-Boas, 12 Maio de 2021: https://www.publico.pt/2021/05/12/p3/cronica/ouvir-vozes-nao-normal-humano-1961836
Há um aparente consenso de que ouvir vozes que outras pessoas não ouvem é, necessariamente, um problema, sinónimo não só de loucura, mas também de violência, servindo esse suposto perigo como justificação para que se usem todos os meios para as suprimir e/ou afastar a pessoa da vida em sociedade. O facto é que estas experiências são muito mais comuns e muitíssimo mais variadas do que imaginamos.

2. Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Rita Alcaire, 26 de Maio de 2021: https://www.publico.pt/2021/05/26/p3/cronica/tropecar-alto-bom-som-projecto-ouvir-vozes-dimensao-sociocultural-doenca-mental-1961837?fbclid=IwAR1_a9Krhjg8-hN-tCuqpNYZMP9m5gvYXzQkW8Xjm0EXC2TJSmWAJddudbI
A investigação recente indica que cerca de 4% da população ocidental tem a experiência de ouvir vozes mas, quando falamos de uma vivência curta ou isolada, a percentagem cresce exponencialmente com algumas investigações com públicos específicos (o universitário, por exemplo) a apresentar valores entre 40-80%.

3. Marionet, Nuno Geraldo, 13 de Agosto de 2021: https://www.publico.pt/2021/08/13/p3/cronica/escrever-vozes-1973147
E o desafio é escrever sem ignorar as dificuldades de quem as ouve e sem as reduzir a sintoma de doença mental. Mas abrir espaços de expressão para as vozes e as pessoas ouvidoras. A dificuldade é encontrar as vozes e os termos em mim que quem ouve vozes possa reconhecer como sendo seus.

4. Rádio Aurora – A Outra Voz, 10 de Outubro de 2021: https://www.publico.pt/2021/10/10/p3/cronica/sabemos-demais-certezas-sabemos-demais-perguntem-1980348
Ouvir vozes de uma forma ou de outra é natural, assim como ter uma doença mental… pode acontecer a qualquer um. Às pessoas que ouvem vozes devemos atentamente escutar e nelas acreditar. Não é por não acontecer a nós que devemos duvidar.

5. Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Tiago Pires Marques, 5 de Dezembro de 2021: https://www.publico.pt/2021/12/05/p3/cronica/escuta-forma-cuidados-intensivos-1987323
O Movimento Ouvir Vozes oferece um espaço de partilha de experiências e de escuta, portanto essa “outra forma de cuidados intensivos” própria do medicar paciente. Este movimento, já com mais de 30 anos de história, ao oferecer um espaço de sociabilidade liberto do estigma associado a esta e outras experiências incompreendidas, é inspirador de uma atitude necessária a uma sociedade mais inclusiva.

6. Marionet, Mário Montenegro, 17 de Fevereiro de 2022: https://www.publico.pt/2022/02/17/p3/cronica/realidade-aumentada-1994038
É difícil, para quem não ouve vozes, colocar-se no lugar de quem as ouve. Na tentativa de atenuar esta dificuldade, fomos, ao longo do processo de criação da peça, aproximando-nos dessa realidade, ouvindo e questionando quem vive com ela, e imaginando circunstâncias nas nossas experiências de vida que nos permitissem alcançar o que poderá ser essa vivência.

Fotografia da autoria de Francisca Moreira.

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Criação abril de 2024.
Atualização maio de 2024.

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