Área de identidad
Código de referencia
Título
Fecha(s)
- 2006 (Creación)
Nivel de descripción
Volumen y soporte
Área de contexto
Nombre del productor
Historia administrativa
Nascida em 2000, a Marionet é uma companhia de teatro de Coimbra com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Desenvolve criações artísticas originais a partir de temas científicos, realiza investigação na área da intersecção artes performativas-ciência, promove trabalhos artísticos colaborativos com cientistas, participa em projectos de formação avançada em centros de investigação científica e está envolvida em projectos de ciência participativa.
Em 2010 foi seleccionada para companhia residente, durante sete meses, no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, no âmbito do Programa Rede de Residências da DGArtes e Agência Ciência Viva. Desde então a companhia tem colaborado com este centro de investigação em actividades de promoção da ciência, no seu programa de formação avançada em biologia experimental e biomedicina na área de comunicação da ciência, assim como em vários projectos artísticos.
Em 2012 iniciou o Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, um repositório de peças teatrais e ensaios sobre o cruzamento entre estas duas áreas do conhecimento. Em 2015 a actividade da companhia foi financiada pelo cientista e escritor norte-americano Carl Djerassi. Destaca-se também, entre 2009 e 2016, a participação na Noite Europeia dos Investigadores, em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, com a criação de peças de teatro em colaboração com cientistas.
Institución archivística
Historia archivística
Origen del ingreso o transferencia
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Alcance y contenido
O descobrimento de Pedro Nunes
Cosmógrafo-mor do reino, professor dos infantes D. Luís, D. Henrique e D. Duarte, as ideias criativas de Pedro Nunes relativamente às questões da navegação nem sempre terão sido bem recebidas por quem realmente tinha a ofício prático de navegar. Nas próprias palavras do matemático no seu Tratado em defensão da carta de marear: “E sou tão escrupuloso em misturar com regras vulgares desta arte [de navegar] termos e pontos de ciência, de que os pilotos tanto se riem (…)”.
Este hiato entre as propostas teóricas de Pedro Nunes para a navegação e os navegadores portugueses desta época de descobrimentos, e os comentários que originavam por parte destes últimos, seriam assunto de reflexão para o matemático quinhentista, como se depreende do seguinte comentário incluído na mesma obra: “Bem sei quão mal sofrem os pilotos que fale na Índia quem nunca foi nela, e pratique no mar quem nele não entrou (…)”.
Este conflito entre o avançar teórico, em que ideias inovadoras são lançadas a par de uma melhor compreensão do conhecimento trazido pela praxis, e a prática da navegação é uma das questões abordadas na Bengala dos Cegos. Na essência, são duas faces da mesma moeda – o ímpeto sem preço que faz avançar a humanidade.
Apesar deste “desfasamento” do teórico Pedro Nunes com a prática portuguesa da navegação, o matemático português foi referência obrigatória nas cátedras de matemática da Europa dos séculos XVI e XVII e entre aqueles que estudavam a astronomia e a arte da navegação. Com contactos e reconhecimento internacionais, este “matemático criativo”, como alguns hoje o consideram, e as suas ideias, viajaram e influenciaram a Europa renascentista da época. Foi uma outra forma de navegação, a navegação das ideias, via obras publicadas e via correspondência entre pares. E nesses séculos XVI e XVII, Pedro Nunes deu-se à descoberta pelos outros homens de ciência. E escreveu o seu nome na Lua.
SINOPSE
A acção principia no século XVI. O contexto europeu é renascentista. Redescobrem-se os textos dos sábios gregos antigos e recomeça-se a descoberta do mundo e da vida com base nas ideias de então. A par desta descoberta do passado, Portugal e Espanha apostam na descoberta do futuro, alargam fronteiras.
O matemático português segura numa das mãos a corda que liga à antiguidade clássica e na outra a que liga à descoberta de novas terras, povos e culturas. E dá um nó. Faz a união do passado com o futuro e a união da teoria com a prática.
Mas essa união não é pacífica…
Bengala dos Cegos – o descobrimento de Pedro Nunes estreou no dia 18 de Novembro de 2006 no Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra, e foi apresentado também, no mesmo teatro, nos dias 20 e 21 de Novembro à tarde e à noite. Em Dezembro, nos dias 6, 7 e 8, o espectáculo foi apresentado em Aveiro, no Estaleiro Teatral.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto e encenação: Mário Montenegro.
Assistência de encenação: Alexandre Lemos.
Discussão e ideias: Alexandre Lemos, Anabela Fernandes, José Nunes, Mário Montenegro, Nelson Rodrigues, Pedro Andrade, Pedro Pires Pinto, Raquel Guerrero, Rui Capitão e Rui Simão.
Elenco: Anabela Fernandes, José Nunes, Pedro Pires Pinto, Mário Montenegro e Raquel Guerrero.
Cenografia, figurinos, adereços e imagem: Pedro Andrade.
Desenho de luz: Rui Simão.
Sonoplastia: Rui Capitão.
Vídeo: Ricardo Trindade.
Fotografia: Francisca Moreira.
Penteados: Carlos Gago – Ilídio Design.
Costura: Fátima Lemos.
Consultoria científica: Carlota Simões.
Pré-produção: Nelson Rodrigues.
Produção executiva: Alexandre Lemos.
Produção: MARIONET 2006
APOIOS
Ministério da Cultura | Instituto das Artes | Teatro Académico de Gil Vicente | Reitoria da Universidade de Coimbra | M.A.F.I.A. – federação cultural de Coimbra | INATEL – delegação de Coimbra | Departamento de Matemática da F.C.T.U.C. | Ilídio Design – cabeleireiros | Carlo Viscontti – Aveiro | Ru( – rádio universidade de Coimbra
AGRADECIMENTOS
A.P.P.A.C.D.M., A.P.P.C. – N.R.C., Camaleão – Associação Cultural, Direcção Regional de Educação do Centro, EFÉMERO – Companhia de Teatro de Aveiro, Fátima Lemos, Maria João Feio, república “Rosa Luxemburgo”, R. Simão, Sociedade Portuguesa de Matemática, Teatro Nacional de S. João.
Valorización, destrucción y programación
Acumulaciones
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Condiciones de acceso
Condiciones
Idioma del material
Escritura del material
Notas sobre las lenguas y escrituras
Características físicas y requisitos técnicos
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- Marionet (Creador)
- Mário Montenegro (Materia)
- Anabela Fernandes (Materia)
- Pedro Pires Pinto (Materia)
- Raquel Guerrero (Materia)
- Rui Capitão (Materia)
- Carlos Gago | Ilídio Design (Materia)
- José Nunes (Materia)
- Ricardo Vaz Trindade (Materia)
- Nelson Rodrigues (Materia)
- Alexandre Lemos (Materia)
- Pedro Andrade (Materia)
- Fátima Lemos (Materia)
- Carlota Simões (Materia)
- Francisca Moreira (Materia)
- Rui Simão (Materia)
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Atualização janeiro de 2024.
Atualização fevereiro de 2024.
Atualização junho de 2024.