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Código de referência
Título
Data(s)
- 2001 | 2002 | 2004 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
Zona do contexto
Nome do produtor
História administrativa
Nascida em 2000, a Marionet é uma companhia de teatro de Coimbra com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Desenvolve criações artísticas originais a partir de temas científicos, realiza investigação na área da intersecção artes performativas-ciência, promove trabalhos artísticos colaborativos com cientistas, participa em projectos de formação avançada em centros de investigação científica e está envolvida em projectos de ciência participativa.
Em 2010 foi seleccionada para companhia residente, durante sete meses, no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, no âmbito do Programa Rede de Residências da DGArtes e Agência Ciência Viva. Desde então a companhia tem colaborado com este centro de investigação em actividades de promoção da ciência, no seu programa de formação avançada em biologia experimental e biomedicina na área de comunicação da ciência, assim como em vários projectos artísticos.
Em 2012 iniciou o Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, um repositório de peças teatrais e ensaios sobre o cruzamento entre estas duas áreas do conhecimento. Em 2015 a actividade da companhia foi financiada pelo cientista e escritor norte-americano Carl Djerassi. Destaca-se também, entre 2009 e 2016, a participação na Noite Europeia dos Investigadores, em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, com a criação de peças de teatro em colaboração com cientistas.
Entidade detentora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
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Âmbito e conteúdo
Três Horas Esquerdas marcou a estreia da MARIONET, resultado de uma co-produção com o Teatro Académico de Gil Vicente, este espectáculo foi também a primeira vez do escritor russo do início do século XX, Daniil Kharms (1905-1942), nos palcos portugueses. Autor de uma larga obra de escritos com um estilo muito particular, grande parte da sua obra esteve proibida na Russia estalinista do início do séc. XX e só já na segunda metade desse século os seus textos começaram, pouco a pouco, a emergir.
Consciente da importância da obra deste escritor na literatura mundial, a MARIONET quis contribuir para o seu conhecimento dentro das nossas fronteiras. Por isso, e a par do espectáculo Três Horas Esquerdas, foi editado um livro homónimo, que contém os textos de Daniil Kharms utilizados no espectáculo, traduzidos por Julio Henriques, que é também responsável por uma introdução ao escritor e ao seu universo igualmente incluída no livro.
O Três Horas Esquerdas tem por esqueleto 14 curtos textos do escritor russo do início do século XX Daniil Kharms (1905-1942) agrupados num pequeno capítulo da Grande Enciclopédia da Estupidez Humana.
Encontramos frequentemente na escrita de Kharms sequências de situações inverosímeis, agrupadas no mesmo texto como situações normais, do quotidiano. Em muitos dos seus textos Kharms retrata uma realidade que nos parece estranha, onde os defeitos e a pequenez humanos surgem ampliados, em destaque.
A escolha dos textos procurou demostrar a visão única de Kharms sobre alguns temas que atravessam a sua escrita: o acaso, a repressão, a censura, a curiosidade humana, a crueldade, a mesquinhez das preocupações humanas.
Ao apresentar estes textos na contemporaneidade quisemos establecer um paralelo entre as questões sociais, políticas, culturais, sobre as quais Kharms escreveu na altura (Rússia nos anos 30) e a situação que vivemos nós agora, em Portugal e no mundo. Kharms apresenta-nos a sua visão sobre o seu mundo, nós apresentamos a nossa visão sobre Kharms e sobre o nosso mundo.
Os textos funcionam como críticas mordazes que revelam a crueldade de certos comportamentos e ideologias que ainda hoje existem e, de um ponto de vista pessimista, ou realista, para sempre existirão nas comunidades onde exista o Homem.
FICHA TÉCNICA
A partir de textos de: Daniil Kharms
Tradução: Júlio Henriques
Encenação: Mário Montenegro e Nuno Pinto
Cenografia: Rita Crespo Sampaio
Figurinos: Maria João Sampaio
Desenho de Luz: Pedro Machado
Fotografia de Cena e Registo Vídeo: Nuno Patinho (2001|2002)
Fotografia de Cena: Francisca Moreira (2004)
Interpretação: Mário Montenegro e Nuno Pinto
Coprodução: Marionet | Teatro Académico de Gil Vicente
APOIO
Editora FENDA; IPJ-Coimbra; Câmara Municipal de Coimbra: Delegação Regional da Cultura do Centro; Fundação Calouste Gulbenkian.
APRESENTAÇÕES
Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra - 12 e 13 de março de 2001 (Estreia cancelada)
Teatro ACERT, Tondela - 6 e 7 de abril de 2001, 21h30 (Estreia)
Estaleiro Teatral, Aveiro - 16 a 19 maio 2001
Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra - 10 e 11 junho 2001
Cine-Teatro Crisfal, Portalegre - 20 de outubro de 2001
INATEL Coimbra 6, 7, 8 , 9 e 13, 14, 15, 16 de março de 2002
INATEL Coimbra, 11, 12, 13, 14 e 18, 19, 20, 21 de fevereiro de 2004
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de organização
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
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Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
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Identificador(es) alternativo(s)
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Pontos de acesso - Assuntos
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Pontos de acesso - Nomes
- Marionet (Produtor)
- Daniil Kharms (Assunto)
- Nuno Pinto (Assunto)
- Francisca Moreira (Assunto)
- Mário Montenegro (Assunto)
- Rita Crespo Sampaio (Assunto)
- Maria João Sampaio (Assunto)
- Pedro Machado (Assunto)
- Nuno Patinho (Assunto)
- Júlio Henriques (Assunto)
Pontos de acesso de género
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Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
Atualização janeiro de 2024.
Atualização abril de 2024.