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Código de referência
Título
Data(s)
- 2003 (Produção)
Nível de descrição
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Nome do produtor
História administrativa
Nascida em 2000, a Marionet é uma companhia de teatro de Coimbra com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Desenvolve criações artísticas originais a partir de temas científicos, realiza investigação na área da intersecção artes performativas-ciência, promove trabalhos artísticos colaborativos com cientistas, participa em projectos de formação avançada em centros de investigação científica e está envolvida em projectos de ciência participativa.
Em 2010 foi seleccionada para companhia residente, durante sete meses, no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, no âmbito do Programa Rede de Residências da DGArtes e Agência Ciência Viva. Desde então a companhia tem colaborado com este centro de investigação em actividades de promoção da ciência, no seu programa de formação avançada em biologia experimental e biomedicina na área de comunicação da ciência, assim como em vários projectos artísticos.
Em 2012 iniciou o Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, um repositório de peças teatrais e ensaios sobre o cruzamento entre estas duas áreas do conhecimento. Em 2015 a actividade da companhia foi financiada pelo cientista e escritor norte-americano Carl Djerassi. Destaca-se também, entre 2009 e 2016, a participação na Noite Europeia dos Investigadores, em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, com a criação de peças de teatro em colaboração com cientistas.
Entidade detentora
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Âmbito e conteúdo
De “Era uma vez…” a ”…e viveram felizes para sempre!” existe um mundo em tons de aguarela que conhecemos desde antes dos primeiros porquês.
É com esta paleta de cores que damos rédeas soltas à imaginação, ingredientes mágicos para usar a gosto que, na pressa de aprender ciências e letras, fomos esquecendo. Há muitos muitos anos, lá longe, num reino distante, numa terra longínqua, há CasTeloS com princesas aflitas, masmorras que encerram dragões de sete cabeças e gigantes de um só OlhO, pequenas casas feitas de doces, minas de carvão onde só entra um anão, florestas encantadas, fadas com varinhas MáGicAs, bruxas com caldeirões, e há até quem diga que os animais que por lá andam são bons conversadores…
FaZ que CONta é este imaginário colorido em fuga das páginas planas de livros de histórias para perturbar a nossa rotina, tendo como primeiro público as crianças, os que ainda acreditam que se pode ser feliz para sempre… mas como as ruas não têm portais de feira popular para controlar a altura máxima, o espectáculo não tem limite de idade e gosta, muito, desta mistura de gente.
Era uma vez um Príncipe Encantado em idade de casar. Como é hábito nas famílias reais encantadas, organiza-se um baile de gala, cheio de pompa e candidatas a princesa. A intervenção bem pertinente de uma fada (das boas) faz de uma abóbora uma carroça e de trapos velhos e gastos um vestido de seda.
Isto tudo somado a uns olhos bonitos, resulta em paixão no tal príncipe que devia casar. Mas como isto dos encantamentos é sempre produto mal acabado, à meia-noite em ponto a seda volta a trapo e a carruagem a abóbora…
Do encantamento e da noite de dança apaixonada sobra apenas, na longa escadaria do palácio, um sapatinho de cristal.
E é de sapatinho à cinta, a embainhar a recordação da Cinderela da noite passada, que o Príncipe recorre à Fada-Madrinha do cAsTeLo.
Certo de que a beleza por quem se enamorou não seria de perto do seu Reino, o jovem pede à Fada que o envie para longe, onde possa buscar com mais certeza aquela que quer fazer sua princesa.
Estas viagens mágicas, porém, não são produto melhor acabado que os encantamentos para baile real, e o jovem Príncipe traz consigo por engano o Capuchinho Vermelho…A menina, já conhecida por ser bem distraída, nem consegue perceber o que lhe acontece, mas desta vez vai ser difícil levar o almoço à avozinha que vive sozinha do outro lado da floresta.
É assim que o público os encontra, cada um para o seu lado: o Príncipe, desejoso de encontrar a sua amada, experimenta o sapatinho de cristal em todas as donzelas com que se cruza nas ruas, ainda algo surpreendido pela altura das casas, o barulho das carruagens sem cavalos que soltam fumos escuros; o Capuchinho Vermelho, desorientado, completamente perdido, uma vez que a floresta que o separa da casa da avó subitamente se alterou, as árvores são agora rectas e cinzentas, poucos são os animais à vista e nada indica que o lobo esteja para aparecer.
Mas por entre as pessoas que vão passando, o Capuchinho Vermelho encontra o Príncipe Encantado, a experimentar o sapatinho abandonado em todos os pés que consegue. A curiosidade dos não-crescidos que dá forma ao Capuchinho Vermelho é quanto basta para o alinhar em fila para experimentar o sapatinho de cristal. Este confronto das personagens precipita-se em confusão quando se apercebem de que têm em comum, pelo menos, umas almofadas coloridas que envolvem os pés, como sapatos especiais para suavizar os passos de quem deixa um quarto ocupado por uma criança acabada de adormecer por uma boa história.
Deste encontro até que cada um esclareça quem é quem pela arte de contar histórias, vai um passo de anão, no caso cada faz-se contador de histórias em causa própria.
Feitas as apresentações temos: um Capuchinho Vermelho que precisa de voltar à floresta para ganhar a corrida ao Lobo até casa da avó e não ouvir um ralhete da mãe por chegar atrasada para jantar sem cumprir a missão de levar o lanche à avozinha; e um Príncipe Encantado pela beleza da Cinderela que tem de encontrar por um jogo de puzzle que passa por encaixar o sapatinho de cristal no pé certo.
Não parece fácil de resolver, esta história, mas neste longe que são as nossas ruas as duas personagens de aguarela têm tudo o que precisam para cozinhar uma poção que os leve dali para fora.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Discussão e ideias: Alexandre Lemos, Ana Val-do-Rio e Mário Montenegro.
Elenco: Alexandre Lemos e Ana Val-do-Rio.
Texto, direcção, figurinos e adereços: Alexandre Lemos e Ana Val-do-Rio.
Desenhos e ilustrações: Ana Madureira.
Fotografias: Francisca Moreira.
Concepção e execução de penteados: Carlos Gago.
Costureira: Fátima Lemos
Produção Executiva MARIONET 2003
APOIOS
Câmara Municipal de Coimbra, MAFIA – Federação Cultural de Coimbra, Escola Secundária Infanta D. Maria, Ilídio Design.
APRESENTAÇÕES
[Ensaio aberto, no Passeio Público da Praia de Mira, a 25 de julho de 2003]
Passeio Público, Figueira da Foz - 15 e 22 de agosto de 2003, às 21h30 (Estreia).
Casa da Cultura de Coimbra - 11 de dezembro de 2003.
Clube Desportivo da Arregaça, Coimbra - 20 de dezembro de 2003.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de organização
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
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Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Assuntos
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
- Marionet (Produtor)
- Alexandre Lemos (Assunto)
- Ana Val-do-Rio (Assunto)
- Mário Montenegro (Assunto)
- Ana Madureira (Assunto)
- Francisca Moreira (Assunto)
- Carlos Gago | Ilídio Design (Assunto)
- Fátima Lemos (Assunto)
Pontos de acesso de género
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Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
Atualização janeiro de 2024.