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- 2024 (Creation)
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Nascida em 2000, a Marionet é uma companhia de teatro de Coimbra com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Desenvolve criações artísticas originais a partir de temas científicos, realiza investigação na área da intersecção artes performativas-ciência, promove trabalhos artísticos colaborativos com cientistas, participa em projectos de formação avançada em centros de investigação científica e está envolvida em projectos de ciência participativa.
Em 2010 foi seleccionada para companhia residente, durante sete meses, no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, no âmbito do Programa Rede de Residências da DGArtes e Agência Ciência Viva. Desde então a companhia tem colaborado com este centro de investigação em actividades de promoção da ciência, no seu programa de formação avançada em biologia experimental e biomedicina na área de comunicação da ciência, assim como em vários projectos artísticos.
Em 2012 iniciou o Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, um repositório de peças teatrais e ensaios sobre o cruzamento entre estas duas áreas do conhecimento. Em 2015 a actividade da companhia foi financiada pelo cientista e escritor norte-americano Carl Djerassi. Destaca-se também, entre 2009 e 2016, a participação na Noite Europeia dos Investigadores, em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, com a criação de peças de teatro em colaboração com cientistas.
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DATA: maio 2024 - presente
CONTEXTO
Este projeto nasceu na sequência de uma abordagem de um conjunto de profissionais de saúde do Serviço de Reumatologia do Hospital da Universidade de Coimbra / Unidade Local de Saúde de Coimbra, que desenvolvem também atividade na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
Reconhecendo o trabalho continuado da Marionet no cruzamento entre Teatro e Ciência, em particular no caso das ciências da saúde, em que promove artisticamente um olhar consciente e de sensibilização para estas temáticas, foi proposta a produção de criações teatrais dedicadas às doenças reumáticas.
O principal objetivo desta iniciativa é fomentar a reflexão sobre a invisibilidade das doenças reumáticas na sociedade. As doenças reumáticas e músculo-esqueléticas estão entre as doenças crónicas não transmissíveis mais comuns. São a principal causa de incapacidade e compreendem um conjunto de mais de 100 patologias que afetam músculos, ligamentos, tendões, ossos ou articulações. Geralmente, estas doenças resultam de uma condição inflamatória e, em alguns casos, autoimune (sistema imunológico produz anticorpos que atacam as células saudáveis do próprio organismo).
O estudo EpiReumaPt reportou uma prevalência na população portuguesa de 10,2% para a Osteoporose, 1,7% para a Fibromialgia, 0,7% para a Artrite Reumatoide e menos de 1% para a Esclerose Sistémica. A intenção é abordar a doença reumática, considerando os diferentes ramos de investigação liderados pelo Serviço de Reumatologia da ULS Coimbra:
– Artrite Reumatoide e o Dual target na definição da remissão: tratamento baseado num
alvo terapêutico e o outro alvo no impacto que a doença tem na vida da pessoa;
– Osteoporose: avaliação através do FRAX, doença silenciosa, fratura como sinal de alerta, pouca valorização da doença e pouca urgência no início do tratamento pelos doentes e outros
profissionais (sendo associada ao envelhecimento de forma errada);
– Fibromialgia: modelo explicativo para a dor baseado numa perspetiva psicológica, numa
perceção exagerada de ameaça;
– Esclerose Sistémica, doença das “mãos frias”, resistente à terapêutica atual e que interfere em grande parte com a imagem corporal, tem um enorme impacto na qualidade de vida da pessoa.
Surgem também temas transversais às várias doenças reumáticas que também podem ser de interesse:
– Dor, como sinal de alerta, presente na maior parte das doenças reumáticas: subjetiva e
difícil de caraterizar e definir; dor inflamatória, dor mecânica, dor por ameaça ou mesmo a noção de “sem dor” como na osteoporose; invisibilidade da dor é umas das causas da incompreensão da
comunidade (e profissionais de saúde);
– Fadiga crónica: transversal à doença inflamatória crónica, também difícil de quantificar e definir, podendo ser incapacitante;
– Alteração da imagem corporal: pode manifestar-se com a típica deformação das articulações, tumefactas e desalinhadas, mas também com um aumento de espessura de pele, alteração da pigmentação, úlceras digitais, telangiectasisas (aranhas vasculares que correspondem a sanguíneos dilatados) ou microstomia (diminuição da amplitude de abertura da boca) como na esclerose sistémica.
PARCEIROS CIENTÍFICOS: Serviço de Reumatologia ULS Coimbra
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- Marionet (Creator)